segunda-feira, 17 de maio de 2010

Questões


Ele inventa poemas e cria situãções. Assiste filmes e espera alguém. Atende o telefone, lê livros, chora lágrimas e distribui sorrisos. Respira e recicla a vida, diz verdades e ouve mentiras. Sente tanta alegria, diz rejuvenescer a alma.

Tristeza? Pouca, destrói o ego. Durante o dia, água e a noite, martini. Na parede tem retratos e na cama, saudade. Os pensamentos revelam-se em palavras que se unem e nasce um poema.

Se jogou na grama molhada e hipnotizado pelo efeito do luar, dormiu em silêncio e sonhou com o vestido de cor laranja e com suas sandálias de couro. Se lembrou do corpo dela nú com as pernas em formato de triângulo onde sua boca se encaixou.

 Não há outra palavra que traduza o que ele sentiu naquele instante, se não a palavra: Devaneio! E de lá para cá ele criou um amor imenso. Pois mesmo de olhos fechados ele enxergou seu cabelo vermelho e uma mistura de prazeres e condenações fizeram um ego destruído. Mas logo se recompôs. 

Ele descorda de que nada é para sempre e diz se lembrar daquele dia no Parque, sentados à beira do lago e insiste em afirmar que te ama sem limites, sem intervalos, sem maldade, sem truques... Simplesmente ama.

Ele lhe deseja tanto que chega a divagar quando fala que você é uma daquelas coisas inatingíveis que trouxemos de outras vidas, da qual esta condenado a viver sem... Da qual sentirá saudades eternamente... Da qual talvez encontre numa próxima encarnação... E tomara que haja isso, pois se não houver ele diz que te amará além da vida.