sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Inerte


Não há mais segredos
A porta  fechou-se
A vibração pulsou até explodir
O tic tac que vinha do relógio quebrado
Fez-me perceber que o tempo havia se esgotado.
Calculei cada segundo que desperdiçei contigo
Analisando o passado, claramente enxerguei os erros
Nessa manhã, as respostas fizeram absoluto sentido
As más lembranças e os restos de amores passados
Se despediam vagarosamente dizendo adeus.


Libertei-me e busquei fôlego
Observei meu olhar diante do espelho
Por um longo tempo permaneci irredutível
Lembranças da sua possessividade traziam-me angústia
Hoje, não sinto nem dor.
Observei que o tempo necessário para te esquecer
Fez-me inerte e congelante
Não sentia-me viva e tão pouco quente
Porém, tudo o que eu havia me proibido de viver
Diante daqueles ponteiros se desfez!
Aquele simples relógio apagou-a da minha memória
Hoje, você esta na bagagem
Aquela história esta no passado
Pois aprendi à imaginar um mundo de ficção
Onde nada, é impossível para o tempo!