quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Notas afinadas


E a razão, traz sua brisa, invadindo e rasgando o "camboio de corda" ..
Ao invés de tentar, me isolo na construção desse montante de desabafo sórdido:

Instrumentos traduziam a falta de explicação do momento e seu precipitado, fim.
Presa naquele canto .. escutava o piano de Antônio Carlos Jobim ..
Nas notas afinadas e hipnotizantes, encontrei pedaços de mim.

Óh "garota de ipanema", "se todos fossem iguais", a "Luiza" não me interessaria.
Livrei-me de verbos conjugados no passado, afinal, quantos futuros eu queria ..
A paz e a confiança, de repente entornou, transformando-se em euforia.

As palavras brincam de quebra-cabeças e ficam tentando se descobrir
.. sentir .. excluir .. insistir .. desistir .. transmitir .. fugir .. fluir ..
(eternos pontos de interrogações).

A insanidade inquieta (querendo acontecer), pergunta:
- Querida consciência, tens certeza, com toda razão?
A consciência, por sua vez, tranquilamente responde:
- Oras insanidade .. Meu dever é inibir a ação!

Poderia escrever meus desejos e montar um belo poema convincente ..
Porém, daria muito trabalho rimar você com meus quereres adjacentes.
(.. é a coisa mais linda que eu já vi passar ..)
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