segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O troco!



 Ascende um cigarro, prepara uma dose, deixa-me sem palavras e me seduz.
Fico brava. A culpa é dela e realmente não acredito.
Admito: Não presto. Confesso: Não quero prestar! 
Isso promove vontades e desejos em nós.
Nada mais que isso?! Provavelmente não.
Porém, excito-me com essa ficção tão necessária.



Podem pensar, julgar, criticar, enfim, isso contribui pro nosso jogo.

Pois quanto mais eu perceber uma ação contrária do que almeijo
A vontade em  tê-lá, crescerá e certamente, darei o troco!
Ela tenta me calcular feito equação matemática!
Tenta me desvendar, teima em analisar-me, porém, nunca me arquivar!
Francamente, detesto isso. Ela sempre acerta e é horrível me conhecer.
Ela tira a minha paz e tem certeza de que eu adoro isso.
E eu, bem, eu deixo ela pensar e fazer o que quiser.
Pois somos livres e isso às vezes nos prende, mas é bom.

Esta é a forma mais excitante de dominar alguém:
Invadir o pensamento, dominar uma sensação...

Transformá-la em poema e ser a personagem principal.
E isso, ela faz bem. Muito bem!