quarta-feira, 28 de julho de 2010

De repente


 

No bambu corações traçados.
Nomes dificéis de identificar.
À beira do lago pedrinhas brilhantes.
Ventos testemunharam juras de amor.
Rostos no reflexo do riacho.
Gravaram um instante apaixonado.
A tardezinha chegou mansa e trouxe o frio levinho.
O braço manhoso abraçou-me.
E de repente, vi as horas se transformar em lembranças.
E de repente, o clarão do sol deu espaço ao mistério da lua.
E de repente, em mim, tudo transbordou.
E de repente fui domada pelo amor que me tocou.
Acordei com o suave barulho daquela  folha caindo em meio as outras.
Daquela folhinha marron desbotada em formato de coração.
E dediquei aquela magnífica obra de arte da natureza.
Para ti, que és meu eterno amor e serena divindade.

Quando estiver


Quando estiver lendo esse poema, estarei longe desse ar seco, dessa terra íngreme e do seu olhar fraco, querendo abrigo.

Estarei lidando com a falta que você fará e tomarei cálices de vinhos ao som de música tocada no violino. Imagens invadirá minha paz e me remeterá àquele amargo dia.
Na mochila, além de roupas molhadas e sapatos sujos, terá uma foto sua.. Talvez se pergunte: Onde esta meu amor? 
 Quando estiver lendo esse poema, sentirás meu pesar sobre todos os seus erros e verás que mesmo camuflada, a verdade existe dentro de ti e que, sua omissão foi pior que a própria mentira.
Quando suas lágrimas estiverem caindo sobre esse papel velho e queimado, estarei longe e me livrando das suas últimas frases ditas antes de partir.