Arranhei superficialmente a pele daqueles à quem dei esmolas
Curvei-me para trás e dediquei dois segundos ou mais de desmazelo...
Esfoliei os órgãos até enxergar o sangue estagnando
Afastei-me de qualquer perigo ou ameaças.
Pronunciei meu discurso com voz alta em tom de superioridade
Os fracassados engoliram a derrota calados e envergonhados...
À cada cravada de espada era necessário mais um esquife
Estava eu no ponto mais alto da terra.
Acima da minha existência apenas sombras de tempestade se formando
Abaixo, vingativos e promíscuos, todos mortos...
Pobre de compaixão e rico em crueldade
Meu ego envaidecido cuspia sorrisos em formas de feitiços.
Por honra assinei com a ponta do punhal revestido de sangue
O último cadáver que bravamente tentou resistir ao último suspiro...
Tudo o que eu podia sentir era a hostilidade da guerra
E tripudiei dançando em cima dos corpos esmiuçados.
Que descansem em paz!
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