Eis aqui, uma poetisa nômade .. vagabunda .. errante .. vadia ..
Vim poetar um destino malvado
.. trilhando uma tragédia derivada dos movimentos de um certo sorriso
que guarda de forma secreta sombras de outra época!
Tentando adestrar sensações, encosto a consciência num canto sem ombros
.. e torturo-me perante tal culpa:
me fascinei por tua inocência acolhedora.
Procedimento mesquinho da minha parte .. quanta indelicadeza ..
.. pobre de mim! (aceito conjecturações).
Desonrei-me em atos abundantes e inúteis
.. aceitando a má reputação!
Precisas me dizer com clareza nas palavras:
"Poetisa vagabunda, tu deves banir a idéia de querer-me
.. não sou para o seu bico!"
E assim, encontrando a extremidade do fim
.. o aceito e paro de delirar com o teu olhar que me desvia a atenção.
Entretanto, como última expressão de liberdade
.. o "monstro tímido", agora enjaulado murmura cabisbaixo:
Que infelicidade a minha trombar contigo no corredor.
Desventura proibir-me teus beijos (que talvez provocam prazer), não sei.
.. Quanta injustiça não deitar-me após teu prazer.
Ah! Quanta ilusão insatisfatória .. não suporto mais viver de imaginação.
.. mesmo assim, aceito que somos inimigas de alma.
Não quero fantasias e quimeras
.. desconfio que prefiro devaneios!
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