Observando essa florzinha .. sinto toda a dor dela.
É triste não ter braços para nadar e sair dessa poça d'água.
Eu arranco-a de lá .. porém: rosa queimado (sem vida).
A chuva ácida derreteu parte dela.
Eu chorei .. porque choro quando a natureza morre.
Em contraponto, veio ...
A chuva, ostentar um final de tarde magnífico.
Em contraponto, veio ...
A chuva, ostentar um final de tarde magnífico.
O céu, tal qual um maestro, ordenava a música da vez
.. tango, bossa, blues, samba ..
O vento, valente e impetuoso, veio rasgando as árvores.
Em uma das curvas, topou de frente com a minha feição destemida ..
Se tão poderoso, teria arrancado essa sensação intraduzível
.. mas não .. O vento foi covarde .. ou foi eu quem virou a cara!
Desejaria tornar-me inabalável .. intrépida .. imune ..
Como uma erva daninha!
Porém, sou uma desinteressante desvelada carente ..
que se parece mais um graveto!
Porém, sou uma desinteressante desvelada carente ..
que se parece mais um graveto!
Como diria o cabeludo loiro de óculos e metido a intelectual do rock:
".. o nada é uma palavra esperando tradução .."
Extrema verdade ..
Convertendo tal frase ao meu íntimo: tu não é nada!
Poderia eu, agregar tua essência a uma história
.. como uma personagem e criando-a como desejaria ter
.. mas tu, em palavras, não se encaixa.
.. em vírgulas, não se enquadra.
.. em sonoridade, é vago.
Sempre que tu flutuava em meus pensamentos
.. logo se tornava verso, prosa ou poesia.
.. isso não é amor .. isso não é paixão ..
mas é tu, quem domina minha inspiração!
Tu, que sempre estas a rondar as horas do meu dia.
É em ti que penso quando escrevo sobre filosofia.
- Como será de agora em diante?
.. tão iguais .. tão diferentes ..
.. par .. ímpar ..
- Como será?
Sinto-me emergida .. tal qual a florzinha rosa queimado.
Sinto-me emergida .. tal qual a florzinha rosa queimado.
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